Para além de me ter decidido a ficar calma, não gritar, respirar, etc, etc, outra das resoluções que tinha tomado era que antes de concluir sobre qual o castigo que iria aplicar ao R, decorrente da falta disciplinar na escola, iria falar com a minha irmã e conversar sobre o assunto.
Um "à parte": Numa família dita normal, em geral o pai e a mãe conversam sobre os filhos e ouvem a opinião um do outro, pelo que julgo será mais fácil esta "gestão de castigos", até porque pode haver um que é mais permissivo e outro menos flexível e no meio de duas opiniões mais extremadas gerar-se-á certamente uma atitude mais equilibrada. Comigo, contudo, não pode funcionar assim. O pai do R vive muito longe e apesar de termos uma relação bastante cordial, ele acha-se dono e senhor da razão, tem sempre umas teorias muito pouco práticas e ajustadas à realidade - nem podia ser diferente, pois à distância é muito fácil "mandar uns bitaites" - e, portanto, quando lhe peço uma opinião sobre algum assunto acabo invariavelmente com vontade de me dar estalos e "tu-és-parva-ó-quê-sabes-perfeitamente- que-ele-não-tem-ideia-do-que-é-o-dia-a-dia-de-um-adolescente-prá-próxima-vê-se-ficas-quieta-no-teu-canto-e-decides-o-que-achares-melhor". Assim sendo, recorro à minha irmã, que tem filhos, mas na fase fácil - ou seja, muitooooo antes da adolescência - e sempre ouço uma opinião diferente da minha. E tenho a certeza que a dela vai ser diferente da minha, porque temos formas diferentes de pensar relativamente a imensas coisas em geral e quanto a temas de crianças, em particular.
Mas adiante....
Depois de falar com a minha irmã, acabei por decidir não aplicar castigo nenhum. Primeiro, tentei perceber o que se passou naquela aula em particular e, segundo, o que se passa para uma agitação tão grande em todas as aulas.
Quanto ao que se passou naquela aula em particular, enfim, nada de especial e, a meu ver, nada que justifique uma "falta disciplinar". Pelos vistos aquela aula já estava a ser atribulada e agitada e o comentário do R quanto aos ténis do outro foi a gota de água que fez transbordar o copo. Claro que foi inapropriado o comentário, claro!, mas a medida de coacção parece-me um pouco exagerada, aqui só para mim que ninguém me
Quanto ao que se passa para uma agitação tão grande em todas as aulas, enfim, uma palavra: ADOLESCÊNCIA.